Ana sabia que era um erro
sair tarde pela rua, mas um erro mais ainda que o destino tramou foi encontrar
Pedro naquele momento. Os olhos de Pedro estavam escarlates, o que lhe causou
arrepios consecutivos, suas pernas travaram e sua mente travava a batalha de
correr ou permanecer no local. A beleza de Pedro contrastava com seus olhos,
havia ódio em seu olhar.
“Querida Ana, o que faz por aqui?”
Indagou Pedro. Ana perdeu a fala, não reconhecia aquele Pedro, não era aquele
rapaz com ar de mistério por quem nutria um grande interesse, o garoto que
povoava seus pensamentos dia e noite. Mas afinal, em que ele se transformou?
“O que aconteceu Pedro? Porque
seus olhos estão assim?”
“Eu sou o mesmo que você vivia
pensando, só que agora com um pouquinho mais de verdade, sem minhas mascaras,
pois afinal um dia todos tem que mostrar sua real faceta. Não é certo esconder
as coisas de ninguém!
Pedro deu um passo a frete
de Ana, adrenalina corria por suas veias e seu coração batia forte e rápido, fazendo
com que seu cheio doce espalha-se rapidamente por todo o local. O que não
passou despercebido por ele, que se aproximava de Ana, e a cada passo de Pedro,
Ana recuava um pouquinho. Os grandes olhos e traços finos do rapaz se
transformaram em pura agressividade, de vermelhos os olhos de Pedro atingiram
uma coloração tão escura quanto o negro de seu casaco.
Ele encostou sua mão na dela, fazendo com que Ana percebesse
a frieza de seu toque, o que desencadeou o alerta de perigo em seu cérebro,
então ela começou a correr assustada. Suas pernas davam longos passos, ela
então resolver ver se já estava perto o suficiente de Pedro, mas ao olhar ela
constatou que ele nem tinha se movido do lugar. Com a mente confusa Ana acabou
tropeçando em seus tênis. Assim que ela caiu, em milésimos Pedro já estava ao
seu lado, o que serviu para assusta-la ainda mais com sua chegada brusca.
Parando bem ao lado de Ana, vendo sua face avermelhada
pela corrida, a respiração pesada e falha, olhos arregalados e cheios de medo, Pedro
proferiu as palavras que agravaram ainda mais a situação da pobre garota.
“Calma Ana, nos vamos acabar
coma nossa conversa bem rápido, prometo que você não sentira nada e muito menos
vai perceber que o tempo passou”...
CONTINUA
Até mais , Nathália
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