Parte 3
Os dois rapazes disparam tiros na direção do carro de
Rodolfo. Eduardo acelera em cima dos dois que saem da frente
atirando, os dois jovens entram no carro atrás de Eduardo e Rodolfo.
O carro, com os dois bandidos, persegue o carro de Rodolfo e Eduardo.
- Seu assassino ! Você é bandido ? – pergunta
Rodolfo indignado.
- Responde, cara. Eu não quero morrer por sua causa,
seu cretino! – diz Rodolfo tentando empurrar o volante do carro.
Rodolfo, tenta com toda força jogar o carro para fora da estrada.
- Para, seu inútil. Nós vamos morrer de qualquer
jeito. Agora já era, você vai morrer comigo. – diz Eduardo
friamente.
- O que você fez para esses caras ? Deixa eu sair desse
carro! – grita Rodolfo desesperado.
- Eu matei o irmão deles – diz Eduardo secamente.
- O que? Seu assassino !! - grito Rodolfo, socando
freneticamente os braços de Eduardo, que conduz o volante.
- Era o meu namorado – diz Eduardo chorando. Rodolfo
sentiu o medo percorrer todo seu corpo, não conseguia acreditar que
Eduardo fosse gay. - Meu amor, minha paixão. Eu não sou gay .. quer
dizer. Eu não era .. Não é hora para falarmos sobre isso. Você
deu azar de me achar - Rodolfo fica em choque.
- Você já amou alguém? - pergunta Eduardo
desesperado. Rodolfo não responde - Responde, porra. Você já foi
obrigado a fazer algo para ficar com a pessoa que ama ? Você já foi
obrigado a mentir para sua família, para os seus amigos só para
ficar com a pessoa que você ama? Você já foi obrigado a ficar
longe do seu amor ? Você já precisou fingir que gostava da gostosa,
enquanto gostava do mocinho?
- Não né ? Porra, então não me julgue, sua bicha –
diz Eduardo em lágrimas.
- Seu bandido. Pare esse carro – diz Rodolfo socando
novamente Eduardo. - Eu não vou morrer. Seu bandido. Seu mentiroso.
Eu quero sair daqui – Rodolfo soca as portas que estão fechadas.
- Desculpe, Rodolfo. Mas eu não tenho escolha ... Eu te
amo Bruno - diz Eduardo, sendo socado por Rodolfo e soltando o
volante. Eduardo se aproxima de Rodolfo, e lhe beija com toda
intensidade. Sua língua percorria o céu da boca de Rodolfo, e
Rodolfo correspondia, esquecendo que sua vida estava prestes a
terminar. Até que todos os sentidos ficaram imoveis, surgiu uma
curva, e o carro colidiu com um caminhão na pista. Eram 12:00 horas,
de janeiro, de um dia de sol. O sol escaldante, de 38º graus, sol
de verão, iluminando as curvas de verão e presenciando os amores e
as tragédias da curvas da vida.
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