Parte 1
Rodolfo dirigia numa velocidade permitida naquela
estrada perigosa e deserta, e escutava na sua “playlist” os
“hits” verão. Músicas
chicletes que grudavam na cabeça e não saía por nada. Seu
carro estava uma bagunça, sujo de areia, aliás, acabara de voltar do
literal, onde fora visitar sua mãe e seus primos. Tivera
um final de semana de muita tranquilidade em família. Precisava
voltar, mesmo com sua mãe preocupada devido a um
crime ocorrido no dia anterior, tinha que
trabalhar no dia seguinte. Afinal, precisava do
emprego. Para evitar
complicações, resolveu pegar a estrada bem
cedinho, para evitar ataques noturnos por delinquentes desnorteados.
BUUUUUUUUUUUUM.
Rodolfo freou o mais rápido possível, mas algo estava
no chão. Era um rapaz, levemente machucado e ensanguentado,
provavelmente estava desacordado. Rodolfo saiu do carro, e foi até o
moreno, alto, bonito e sensual. O cara que aparentava uns 27 anos
estava sujo, com a calça jeans rasgada, e sem camisa. Rodolfo ficou
preocupado não sabia o que fazer, voltou pro carro. Encostou o carro
perto do atropelado, arrastou-o para dentro do carro, e o colocou na
parte traseira do carro. Tentou ligar para a
ambulância mas não tinha sinal de celular. Ficou desesperado ao ver
aquele homem desmaiado em sua frente. Deu
partida, e saiu daquela estrada deserta e perigosa. Seguiu
mais alguns quilômetros, uns
20 minutos depois , já com o dia amanhecendo,
pegou o celular.
-
Porcaria de operadora, quando eu mais preciso ela não funciona... O
que eu vou fazer? – se pergunta Rodolfo olhando para o homem. -
Será quem é ele ? – pensava Rodolfo em
sua mente inquieta.
O rapaz balbuciava algumas palavras soltas como se
estivesse em uma pesadelo correndo de alguém. Ele
gritava “ eu te amo”,
“solta essa arma”,
“ é o único jeito”. Rodolfo começara achar
que ele fosse um fugitivo da polícia ou até um criminoso, e decidiu
procurar algum documento na sua bermuda. Rodolfo admirou seu corpo
másculo, QUE CORPO,
passou as mãos nos bolsos do rapaz na
tentativa de encontrar alguma pista da identidade do atropelado.
Colocou a mão por dentro da calça do rapaz, quando de repente ,
levou um susto com o despertar dele. O rapaz ficou assustado e
ameaçou bater em Rodolfo.
-
Nada de pronto socorro. Estou bem cara. Você vai pra onde ? -
cortou o atropelado.
-
Vou para capital. Posso lhe deixar onde ? -
perguntou Rodolfo nervoso.
-
Vou com você. Como é seu nome ?
-
Rodolfo.
-
Liga o motor aí patrão, chega de conversa.
Rodolfo
acelerou. O celular deu sinal de vida.
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