Códigos de
Sangue - Capitulo 5
CONTINUAÇÃO
- Gente o que eu
falei demais? Só disse que vim para essa cidade por causa de uma proposta de
emprego que recebi do Jornal da Vila – conta Danilo sem entender.
- Renato como você
explica isso? Acho que nós não precisamos de nenhum outro jornalista – diz
Bianca irritada.
- Eu não me lembro de
ter mandado nenhum email contratando... – diz Renato, de fala suave e cantada
por causa da bebida.
Rafaela interrompe.
- Fui eu – diz
Rafaela deixando todos espantados. – Eu mandei o email eu sei que o papai
precisava de alguém. A Bianca sozinha não dá conta de substituir minha mãe no
jornal. Na verdade minha mãe é insubstituível – diz Rafaela fitando Bianca.
- Meninos, vamos
resolver isso outra hora. Renato preciso que você me acompanhe até a delegacia.
E você rapaz venha conosco – diz Marcelo, com seu tom de general.
- Meu pai não pode
ser preso, ele não matou ninguém tio – diz Rafaela, abraçando Renato.
- Calma, eu não vou
dar queixa nenhuma. Eu estou bem, foi um pequeno incidente podia ter acontecido
com qualquer um. Aliás, eu fui imprudente em achar que podia andar
despreocupado em cidade pequena – diz Danilo. Ninguém vai para cadeira. Fim de
papo – Danilo é interrompido pelo toque do comunicador de Marcelo que soa.
“ Código 935, homem, 25 anos, encontrado morto na mata.
Repito, homem, encontrado morto na mata”
- Já que não houve
queixa, eu preciso ir. O trabalho me chama. Renato depois conversamos de irmão
para irmão – diz Marcelo, saindo e entrando às pressas na viatura.
- Então alguém pode
me explicar quem são vocês, e o que fazem no jornal? – pergunta Danilo.
- Vamos para a
redação. Lá conversamos melhor – diz Renato.
2ª CENA ( Tarde) ( Mata)
Os legistas do IML
averiguam o local do crime. Examinam o sangue encontrado próxima à árvore
ensanguentada. Dois enfermeiros empurram a maca com o corpo do morto e colocam
dentro da ambulância. Marcelo chega ao local do crime de viatura. Marcelo sai
da viatura e Alfred se aproxima dele.
- Delegado, parece
que foi um animal que o atacou. Os legistas encontraram sinais de garras pelo
corpo do rapaz – diz Alfred.
- Será que a praga
voltou? Hoje à noite vamos caçar Alfred. Vá para casa, descanse, e se prepare
para uma boa aventura. Vamos caçar leão da montanha – diz Marcelo
3ª CENA ( Tarde) ( Lanchonete Vila Mix)
Lívia retira o pano
ensanguentado de dentro da lata de lixo. Laura cheira o sangue fresco, que
parece alaranjado.
- Sangue fresco,
sangue fresquinho. Ainda bem que você é esperta, será que é ele é uma besta? –
pergunta Laura.
- Sei lá, achei
estranho um cara normal ser atropelado por uma caminhonete a 80/h e sofrer
apenas um arranhão – conta Lívia. Se ele não for uma besta talvez seja um frio
– diz Lívia, vendo o sangue mudar de cor, e voltar a ser um vermelho.
- Que isso? Eu nunca
vi um sangue assim. Se ele fosse uma besta o sangue dele seria vinho e se ele
fosse um frio como eu o sangue dele seria um vermelho fraco, cor de pêssego.
Mas alaranjado? Precisamos ficar de olho nele – diz Laura, guardando a amostra
de sangue na bolsa.
4ª CENA ( Tarde) ( Jornal da Vila)
- Então deixa eu vê
se captei. A Rafaela, filha do Renato, que é dono do jornal que me mandou o
email. Ok? – pergunta Danilo tentando entender a história toda. – O Felipe é o
fotógrafo e a Bianca é colunista do jornal, ok? E essa Elisa?
- Garoto, não
pergunte o que você não deve – repreende Bianca.
- Elisa é minha
esposa, já falecida. Ela morreu tem há um ano atrás. Ela era a antiga colunista
do jornal e a Bianca a nossa repórter – explica Renato. Foi até bom a Rafaela
ter aprontado essa, até que nos serviu para algo útil. Nós precisávamos de um
novo repórter na equipe. Bem vindo a equipe do Jornal da Vila – diz Renato
estendendo a mão para Danilo, que o abraça calorosamente.
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