Erick e Laura montam a barraca na areia empolgados,
enquanto Vitória se lambuza de protetor solar e logo se arremessa na canga.
Laura, segue Vitória, e deita de bruços para pegar uma marquinha de biquíni.
- Eu acho que nunca mais
vou consegui entrar na água – diz Erick. – Essa coisa de afogamento é sério,
tá. Acho que eu vou entrevistar o salva vidas, fazer uma matéria para o meu
blog.
- Uma ótima ideia. Você
entrevista, e a Vitória chama eles – diz Laura.
- Aé, que lindo. A pior
parte fica comigo – diz Vitória, indignada.
- Vou dar uma volta pela areia.
Não saiam daqui – diz Erick, correndo desajeitadamente na areia. Erick olha
para água e lembra do incidente na água.
- Amiga, passa protetor
nas minhas costas – pede Laura.
- Me passo o protetor –
diz Vitória, pegando o protetor das mãos de Laura e sentindo uns flashes de
visão. Vitória vê a cena de Samuel e Laura se beijando. Samuel despede de Laura
e entra no carro. Laura recebe uma ligação e se encontra com Fernando. As
visões somem.
- Eu não acredito. Você se
encontrou com o Fernando no mesmo dia que se encontrou com o Samuel? Que
galinha – diz Vitória.
- Quem te disse isso? –
pergunta Laura, intrigada.
- Eu acho que li seus
sonhos. Esqueceu? – pergunta Vitória, mostrando a ametista. – Me conta tudo. Eu
preciso saber.
- Foi uma coincidência. O
Samuel já havia me chamado para tomar sorvete e depois o Fernando chegou na
minha casa. Ah, não quero falar de meninos, pdc? Hoje é tarde da diversão –
pede Laura.
- Verdade. Esquece os
garotos – diz Vitória, passando protetor nas costas de Laura.
Erick retorna animado.
- Meninas, vocês não vão
acreditar. Consegui uma entrevista com dois salva vidas. E vocês não sabem a
maior, dei o telefone de vocês duas para eles. Não é demais? Ah, eles são uns
gatos. Eu sou demais – diz Erick, sentando ao lado das meninas entusiasmado.
-Você bebeu cachaça? –
pergunta Vitória.
- Muito louco – diz Laura,
rindo.
(
Casa de Vitória)
Vitória entra no banheiro
e abre o chuveiro.
- Vó !!!! – grita Vitória,
histérica.
- Vitória eu esqueci de
lhe avisar. A água acabou na vizinhança toda, parece que ficaremos um tempinho
sem água – diz a avó de Vitória.
- Droga – diz Vitória sentando
na privada e olhando pra ametista. – Já sei – Vitória coloca a pedra no pescoço
e faz sinais com as mãos para a pia do banheiro. - Já que eu sou de peixes, eu
preciso de água – diz Vitória, abrindo a torneira e fazendo cair água. Eu sou
demais – diz Vitória.
A lua ilumina a pracinha
da praia enquanto Erick e Fabrício passam em frente a pracinha dos hippies. O
tatuador assovia para Erick, que finge que não vê.
- Vem cá – acena o hippie
tatuador.
- Fabrício, coloca o braço
em mim. Aquele cara tá me assediando – explica Erick.
Fabrício puxa Erick pelas
mãos e o leva para trás das pedras, e beija-o.
- Acho melhor não. Alguém
pode vê. Eu sou de família – diz Erick, tímido.
- Quer ser da minha
família? – diz Fabrício, cantando Erick, e o acariciando.
- É, sério. Acho que eu
não tô legal. Minha cabeça tá estourando – diz Erick.
- Sem gracinha, não tem
ninguém olhando – diz Fabrício tirando a blusa de Erick.
Erick se sente tonto e
desmaia nas pedras.
- Coé mano, acorda. Eu
preciso procurar ajuda – diz Fabrício, saindo das pedras rapidamente.
O hippie tatuador aparece
com outros rapazes e pegam Erick no colo. O hippie fala ao celular.
- Já peguei o garoto. É
uma pena ter que sacrificar ele, eu gostei dele. Já estamos a caminho. A propósito
a lua está divina. É hoje a noite perfeita para os Evorianos fazerem a festa.
As bruxas de Évora ficarão contentes com nossa conquista – diz o hippie
desligando o celular.
Os hippies somem.
Alguns hippies jogam água
no rosto de Erick que acorda desesperado.
- Onde estou? – grita
Erick. – Me tirem daqui. Seus bandidos, eu não tenho dinheiro, otários. Eu
quero sair daqui – grita Erick.
Várias velas se acendem e
Zanna aparece na tenda ao lado de três homens.
- Você? Sua cadela – grita
Erick.
- Nossa que energia
pesada. Você deveria equilibrar sua tensão. Acho que seria bom uma meditação,
né rapazes? Ajudem ele – diz Zanna, rindo, e exalando um incenso dentro da
tenda.
Os homens socam Erick e o
jogam no chão.
- O que você quer? –
pergunta Erick, ensanguentado.
- Eu quero o sangue de
vocês – diz Zanna.
- O que é você? Uma
psicopata? Sua louca – grita Erick.

- Sua vaca – diz Erick,
levitando algumas pedras e jogando um dos hippies longe.
- Aprendeu rapidin. Mas
nós também sabemos fazer esses truques – diz o hippie tatuador, que levita
Erick no ar e o joga no chão novamente.
- Andem, levem ele para o
esconderijo. Nesse momento as amigas dele já devem estar sabendo. Afinal, eu
hipnotizei o garoto perfeitamente. Eu sou muito boa- diz Zanna, cantando um
mantra.
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