A primeira dica do nosso
especial “SEMANA LITERATURA BRASILEIRA NO “ELEA” é a obra clássica Dom Casmurro,
do ilustre Machado de Assis, não tem como falar de clássicos brasileiros sem
lembrar-se de Joaquim Maria Machado de Assis, quer dizer Machado de Assis.
A obra foi publicada no fim
do século XIX, época de grandes transformações sociais e políticas como o fim
do Império, Dom Casmurro, é o título devido a personalidade nada amigável de nosso
protagonista Bento Santiago, o mesmo que narra a história e nos revela tudo à
sua maneira. A maior parte do clássico fala da infância de Bentinho, em um dos
momentos Bentinho vai para o seminário por conta de uma promessa que sua mãe,
Dona Glória, fizera após seu primogênito falecer. Aliás, no convento que o
rapaz conhece seu melhor amigo, Escobar. Porém, a mãe de Bentinho, consulta o bispo e acaba cedendo a sua
promessa, pensando em outra forma de cumprir sua tarefa. Vale lembrar que ele já
era completamente apaixonado por Capitu.
A narrativa continua com o
nascimento de Capitolina, filha de Escobar e Sancha, enquanto Bentinho e Capitu
não conseguem ter filhos. Algum tempo depois, uma tragédia acontece: Escobar
morre afogado. Daí inicia-se uma série de desconfianças, pois Bento repara o modo
de Capitu olhar o corpo de Escobar no velório, com isso o mesmo começa a
perceber semelhanças entre seu falecido amigo, e seu filho Ezequiel.
Vale lembrar que antes dos
dois se casarem Bento já demonstrava sinais de ciúmes como no trecho “quando vi
que os homens não se fartavam de olhar para eles, de os buscar, quase de os
pedir, e que roçavam por eles as mangas pretas, fiquei vexado e aborrecido”.
Após o velório, a história
desencarreta inúmeros momentos de questionamentos sobre a moral de Capitu e se ele
era mesmo o pai de Ezequiel, num momento tenso Bento chega a oferecer café
envenenado para seu filho, mas acaba recuando e diz ao menino que não é seu
pai. O mais intrigante da narrativa é que grande parte dos sentimentos eram
transmitidos por meio do olhar de Capitu – olhos de ressaca e de cigana oblíqua.
Esse lance de traição é o
que menos importa, o que mais vale se atentar o jogo de palavras e situações
que contornam a história. A obra Dom Casmurro, situa-se no período literário do
Realismo, também a narrativa machadiana é marcada por reflexões profundas que
marcam o estilo deste escritor.
Outro dica muito bacana é
pra quem gosta de novela e afins, no ano de 2008, a Rede Globo estreou a minissérie
de 5 capítulos, intitulada “Capitu”, baseada no clássico machadiano, no elenco
tinha Maria Fernanda Cândido, Letícia Persiles, César Cardadeiro e grande
elenco.
Este ano também postamos
uma RESENHA CRÍTICA – do livro “Ciumento de Carteirinha”, do escritor Moacyr
Scliar, que faz uma espécie de releitura do clássico – você pode conferir aqui.
Abraceijos, amanhã tem mais
clássicos !!!
Olá!
ResponderExcluirMuito legal a proposta da sua semana, é legal conhecer mais a literatura brasileira! Já li Dom Casmurro e não gostei muito, não gosto muito do autor, mas até hoje fico intricada em saber se Capitu traiu ou não traiu rs
Beijos,
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