Autores: Marcus Costa e Ronald Onhas
Direção de roteiro: Ronald Onhas
- Sim, meu filho. Sou eu, vim para vencermos essa batalha juntos - diz Daniel.
Raul
vai até seu pai para abraçá-lo, mas enquanto está indo, Leviatan levanta, pega
a clave que o atingiu e a transforma em uma lança. Em seguida, faz um corte em sua própria mão e professa, em
susurro, algumas palavras. Envenena a lança com um feitiço mortal e joga na direção
de Raul.
Daniel
avisa o filho, mas em vão. A lança o acerta em cheio e ele cai, morto, no chão.
Loyane e Daniel desesperam-se em choro. Leviatan aproveita o momento e foge.
* * *
A
luta entre o bem e o mal continua. Uma chuva forte começa a cair, raios e
trovões tomam o céu. Loyane sai correndo, desesperada, do galpão, em busca de
Lúcia, para que ela possa ajudar Raul a se curar e tentar sobreviver. Mas, já
era tarde demais, o veneno da lança já tomara o corpo completo de Raul, e acaba
morrendo. Daniel e os outros anjos ficam furiosos e acabam lutando com todas as
suas forças contra os demônios, e aos poucos vão vencendo cada um deles.
Só restava Leviatan e a
Chefona. Ninguém sabia onde encontrá-los, apenas Diego, que é bombardeado de
perguntas, mas uma se sobressai. Lúca dispara:
-Diego,
se você nos ajudar a acabar com eles eu te perdoo!
- É
claro que eu ajudo. Tudo o que eu mais quero é o seu perdão. Eu te amo tanto,
Lúcia. Tenho um plano que pode acabar com essa guerra e trazer a paz ao mundo
novamente. Confiem em mim dessa vez – suplica Diego.
Diego conta seu plano à
todos. Eles estavam desconfiados, mas aceitaram seu plano. E então Diego sai para
pôr em pratica o que planejara.
* * *
Em algum lugar do subsolo,
Leviatan contava a Senhora, chefe dos demônios, como derrotou Raul, e se
lamentava por estarem perdendo a guerra. De repente Diego aparece e diz:
-
Tenho um plano para ganharmos essa guerra. Disse aos anjos que tinha um plano
para que eles ganhassem, mas menti. Lúcia me perdoou e vou me encontrar com ela
mais tarde. Vocês podem ir juntos e, assim, pegamos ela de surpresa. Desse
jeito fazemos os anjos se renderem para
salvarem a sua vida Podem falar, eu sou demais não é?!
-Excelente!!!
– exclama a Chefona. Vamos fazer isso, e se seu plano der certo, promoverei
você para o cargo de Leviatan e rebaixarei este imprestável.
-
Não faça isso, chefa. O que consegui hoje não valeu de nada? - resmunga Leviatan.
-
Valeu, mas foi muito pouco. Seus planos já estão ultrapassados, você está
ultrapassado. Precisamos de novidade. Sangue novo e a força de um jovem, como
Diego. E vamos testá-lo hoje, e não discuta comigo - responde a Senhor,
irritada.
* * *
Na
hora marcada, Diego e Lúcia se encontram e conversam por algum instante, em um
clima tranquilo de paz. Mas Lúcia percebe um movimento, Leviatan e a Senhora
prontificados ao seu redor.
-
Hahahaha - ri, maleficamente, a Senhora. Agora a guerra está ganha.
-
Você mentiu para mim outra vez ? Diego?! Como pode nos enganar? - pergunta
Lúcia chorando.
-
Não tive escolha. Eles são a única família que me resta. Preciso
defende-los.
-
Parabéns, Dieguito- ironiza Leviatan, gargalhando.
A
Senhora ordena que Leviatan segure Lúcia e exige que Diego a mate, bem ali, em
sua frente, para provar sua lealdade. Mas, os demônios são surpreendidos pelos
anjos e nefilins. E a luta recomeça, dessa vez os anjos ficam em maior número e
levam vantagem na guerra.
-
Deixe que o Leviatan é meu! - disse Daniel. Vou vingar a morte de meu filho!
-
Vem, pode vir! Você terá o mesmo fim que seu pobre filhinho – retruca Leviatan.
E os dois começam a lutar, a
Senhora e outros anjos também lutam. Enquanto isso, Diego pega Lúcia e os dois
fogem daquele lugar.
-
Para onde está me levando? – se desespera Lúcia.
-
Para um lugar seguro. E eu não menti para você de novo, isso tudo fazia parte
do meu plano. Estou do lado de vocês e sempre ficarei. E quero que você também
fique comigo para sempre. Eu me apaixonei por você de verdade, desde o momento
que lhe vi na escola, porém as forças sombrias tomaram meu corpo para me
utilizarem como arma nessa guerra.
-
Como eu posso acreditar em você? – pergunta Lúcia, ainda com medo.
-
Lúcia, quando vocês tentaram fugir o Christopher me libertou, ele exorcizou o
sombrio de mim. Mesmo eu estando aprisionado dentro do meu próprio corpo, eu
via tudo que estava acontecendo. Acredita em mim, eu te amo – confessa Diego.
Umas
explosões os interrompem e uma luz muito forte os cega por um tempo. Quando
recuperam a visão, notam que os anjos e nefilins estavam caminhando em sua
direção, alguns sendo carregados por outros.
- O que
é isso? Ganhamos? - pergunta Lúcia
-
Não sei, mas ao que parece sim. Nós ganhamos - responde Diego.
Os
dois se abraçam e quando os outros chegam perto deles o pai de Lúcia fala que
eles ainda tem muito trabalho curando os feridos. Eles dão as mãos, se
concentram e começam a agir. Colocam as mãos nos ferimentos e eles são curados.
A guerra chega ao fim. O bem venceu o mal. Todos estavam felizes,
principalmente Lúcia e Diego, que agora poderiam namorar em paz, com o
consentimento dos pais de Lúcia e o dos arcanjos.
* * *
16 anos depois ...
Lúcia
e Diego casaram-se e continuaram morando em Londres. Tiveram um filho chamando
Dionísio, e que neste dia estaria completando seus dezesseis anos de idade. Os
três, caminhando por um shopping da cidade, passam em frente a uma vitrine
espelhada. Dionísio repara no espelho, observa uma pessoa transfigurada e
aterrorizante, se assusta e pergunta o que era aquilo. Lúcia e Diego olham para
o local e não veem nada, porém continuam a caminhar pelo shopping. Dionísio
fica parado no mesmo lugar olhando o espelho e vê que o espectro se aproxima
dele e sussurra em seu ouvido:
- A guerra ainda não acabou e eu vou me vingar dos seus
pais e farei isso por meio de você. Até a próxima!
De repente o espelho quebra
e o menino cai no chão. O espirito de Leviatan não havia morrido, ele só esteve
descansando e recuperando suas forças para uma nova guerra. Leviatan era agora
o Rei dos Demônios e Dionísio o novo iluminado.
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