Olá eleanáticos!
Dias atrás estive num evento literário em uma escola aqui da cidade, com
a temática “Literatura e Redes Sociais” tivemos a oportunidade de comentar
sobre vlogueiros, fanfics, poesia viral, e a interatividade com autores por
meio das mídias. No meio da conversa, se tratando de Literatura Nacional,
lançaram o nome da escritora PAULA PIMENTA, na qual não conhecia, e com isso,
me senti desatualizado!!!
Todo mundo sabe que blogueiro
precisa ser informado e ter o “F5” ligado constantemente, devido ao fato
resolvi conhecer imediatamente a autora. Vamos?!
Em “Princesa Adormecida” (2014), a
escritora Paula Pimenta, autora dos sucessos adolescênticos “Fazendo meu filme”, e “Minhas vida fora de
série”, apresenta uma narrativa de conto de fadas, moderno. No lugar da fada
madrinha, uma amiga muito divertida, ao invés de mágica, aplicativos de
mensagens instantâneas, porém alguns elementos dos clássicos continuam: uma
bruxa de verdade (SQN), e uma história de princesa do mundo (quase) real, com
direito a príncipe, castelo, e sequestros, rs.
O livro é um romance, típico de
adolescente, e recheado de reviravoltas mirabolantes. O título sugestivo “adormecida”, refere-se ao fato da Aurea Roseanna Bellora, filha de Doroteia ( uma brasileira), com Stefan (
te lembra, alguém?), membro de parte da família real de Liechtenstein,
fora sequestrada pela francesa Malleville, que com inveja e ciúmes do casal,
pretendia vingar-se. Com medo de novas tentativas de vingança, os pais da
princesinha tomam uma decisão: enviam a filha para o Brasil, para morar com os
tios, e com uma nova identidade, agora como Rosa.
O livro apesar de “teen”, mescla uma
narrativa quase não linear, ao mesmo tempo que apresenta a infância da
princesa, foca-se no presente da protagonista, e com ( SPOILER) uma nova
tentativa de vingança por parte da antagonista, o eixo narrativo volta-se ao
núcleo central da trama relacionado a Rosa, e sua real identidade.
Outra coisa bem gostosa na narrativa de
Pimenta é a forma diferenciada e moderna da estrutura de partes da história. No
começo como o sequestro da princesa noticiou em todos os jornais, a autora
utilizou-se de um estilo semelhante a manchetes de jornais, para contar o
escândalo, deixando mais parecido com o “real”. Talvez um dos motivos de eu ter
lido em apenas 1 dia.
Também, em forma de mensagem de
aplicativos a autora construiu as falas do casal protagonista da história, além
de evidenciar uma modernidade, a estratégia dá agilidade a leitura, e deixa- a
mais gostosa, e interativa. É claro que o leitor, assimila com as conversas nos
chats virtuais, e lê com mais gosto. Ah, a musica preferida de nossa
protagonista é a melhor de todas, “ Rainbow”, da Colbie Caillat. Como não amar
Colbie? <3
Um dos pontos que mais gostei na obra
foi a dialogia com os contos de fadas clássicos, o título e a obra já brincam
com a narrativa da Bela Adormecida, a famosa princesa adormecida eternamente
por uma maldição, e a espera do beijo encantando. No contexto desta narrativa, nossa princesa moderna também teve seus dias
de adormecida, contudo também conseguiu um final megaaaaamente feliz. Outra
intertextualidade, é com Cintia, a Dj Cinderela, que ficou famosa por conta de
ter perdido seu sapato numa festa, onde um astro da música havia tocado. Dá
para lembrar de alguma princesa desastrada? Sim, a autora brinca com a história
da Cinderela.
Conheço poucos livros da autora, mas quero muito ler o "Cinderela Pop", que é a história da Cintia. Contudo, achei o livro “gostoso”,
divertido, possui universalidade com o mundo “teen”, brinca com o universo das
princesas e dos contos de fadas, e dá uma roupagem ao clássico da princesa
adormecida, que é amado por todas. Ops, por todos.
Abraceijos !
Nenhum comentário:
Postar um comentário