Entre festejos e sorrisos,
costuma brotar a danada Esperança.
Ela afaga a dor teimosa,
o olhar molhado,
os desencontros,
os abraços que não se acharam,
as palavras que ficaram inflamadas,
os desejos que se perderam entre dilemas.
Nos dias de natal,
ela, linda Esperança, traz consigo
como companheira, a fé,
ultrapassada dos sermões e ditos repressores.
A fé que destoa das injustiças plantadas,
dos artifícios brotados nos outros,
das crendices rarefeitas.
E, graças a essa Esperança,
continuamos acreditar na besta da vida,
nos amores de folhetim,
nos afetos –quase- impossíveis,
no altruísmo dos viventes.
E dessa Bendita (nome de minha esperança)
nasce a felicidade que dignifica nossos dias,
apruma nosso coração e
reinventa noções de existência,
descasca nossa covardia,
desalinha a mesquinhez.
A esperança, reinaugurada nestes dias e horas,
Alimenta o sossego e inaugura as possibilidades.
Ela constrói os sustentáculos dos mundos,
dos cenários que perpetuam as lembranças
inerentes ao porvir.
Nestes dias de festa,
tenhamos a Esperança acomodada,
a Bendita cravada no peito,
E, tão forte,
faça-nos querer o sorriso mais arteiro,
a palavra mais poética,
o amor mais ardente,
a fé mais forte,
o mundo mais
humano
Tenhamos esperança nestes dias de natal e em todas as
datas.
por: Simone Lacerda
Nenhum comentário:
Postar um comentário