Autora: Victoria Aveyard
Editora Seguinte
Gênero: Fantasia, Ficção, Distopia
Ano: 2015
419 páginas
A narrativa distópica narra uma sociedade dividida
pela cor do sangue. De um lado estão os prateados; classe de nobreza, rica e
com habilidades especiais, que os tornam poderosos e invencíveis. Entre eles os
verdes, lépidas, forçadoras, telecs, magnetrons, e muitos outros que são
revelados pelo decorrer da aventura. Já do outro estão os marginalizados, os de
sangue vermelhos; pobres, a base da pirâmide social dessa sociedade, e ainda
por cima, muita vezes, escravizados pelo poder tirano (ditador) do rei.
A
protagonista da narrativa é Mare Barrow, uma garota desmetida de 17 anos que não
possui nenhum tipo de ocupação ou habilidade benevolente. Moradora da região de
Palafitas, uma região muito pobre, a garota se arrisca entre um roubo e outro,
devido a sua falta de “ocupação”. Com uma reviravolta do destino, Mare consegue
um emprego no castelo real, em uma situação embaraçosa acaba descobrindo que
possui um incrível poder. Na qual colega Mare no centro de uma guerra de
interesses no trono real.
Embora seja uma trama magnífica, em alguns momentos
parece que estamos revivendo sagas já conhecidas por nós. Um entrelaço de
“Avatar: A lenda de Aang”; por causa das habilidades especiais dos personagens,
misturado com um pouco de “X-Men”, com uma dose de “ Jogos Vorazes”, devido as
conspirações de guerra e política. A história é cativante, pois prende o leitor
com suas reviravoltas, o jogo político dentro da trama é uma das cartas chaves
de Aveyard.
Outro ponto positivo é a capa de “A Rainha Vermelha”, que
está cheia metáforas, já adiantando um pouco da história. Com um tom todo prateado,
claro, faz alusão aos prateados da trama. Além do mais, a coroa de cabeça para
baixo, rojando sangue vermelho, já anuncia uma rainha incomum, que pretende uma
revolução na trama.
A Rainha Vermelha é uma obra que merece ser lida pelos
personagens bens arquitetados, pelo o desenho de uma sociedade distópica ímpar,
pelos diálogos bem amarrados, e muitas vezes, bem semelhante a nossa realidade,
trazendo uma dose de crítica social subjetiva.
“Minha
cabeça bate contra o escudo. Vejo estrelas. Não, não são estrelas. Faíscas. O
escudo cumpre sua função: frita-me com raios elétricos. O uniforme queima, fica
chamuscado, tostado. Aguardo o momento em que minha pele vai ficar assim
também. Meu cadáver vai ter um cheiro ótimo. Mas, por algum motivo, não sinto
nada. Devo estar com tanta dor que não sinto”.
Página
78
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