Códigos de Sangue - Capitulo 11
CONTINUAÇÃO
A chuva aumenta. O vampiro agarra os
pés de Danilo, que se debate. Caio abocanha o pé do vampiro, que morde o braço
de Danilo.
- Socorro – grita
Danilo, enquanto é atacado pelo forte e bonito vampiro faminto.
Caio devora a perna
do vampiro, e com os pés aperta sua garganta fazendo ficar sem ar.
Plínio joga
gasolina no vampiro. O vampiro se debate enquanto Caio o segura fortemente.
- O sangue dele é
raro. O sangue dele é raro – diz o vampiro jogando bruscamente Caio longe, e
sentindo uma queimação em sua boca. O vampiro se debate no chão ensopado.
- O sangue dele é
envenenado – diz o vampiro, que é queimado com o fogo que Pérola joga nele.
O
vampiro vira pó. Vô Zé volta a sua
forma humana.
- Me ajudem – pede Vô
Zé.
- O que são vocês? –
pergunta Danilo assustado e trêmulo.
- Nós somos os
mocinhos – diz Caio.
2ª CENA ( Manhã) ( Escola da Vila)
O professor de
História escreve algumas anotações no quadro enquanto explica matéria. Nanda
anota precisamente no seu caderno enquanto Rafaela mexe ao celular. Sávio dorme
em cima da mesa.
- 3º ano só quero
relembrar que na semana que venha teremos nossa prova – diz Humberto. – Nós
agora entraremos em uma matéria nova. Começaremos estudar sobre o povoamento de
Vila Esperança, a história da Vila, de sua cultura, tradições e até de suas
lendas – conta Humberto.
- Vai me dizer que
vamos estudar saci, bruxa e lobisomem? Porque esse povo aqui da Vila adora
inventar essas histórias – diz Nicolas.
- Segundo os
manuscritos a Vila surgiu com a vinda das famílias Backe e das famílias
Dobrovossk para esse lugarejo depois de inúmeras guerras, as famílias acabaram
tornando-se aliadas para lutarem contra uma tal besta que rondava a redondeza.
O sinal bate.
- Aleluia ! – grita
Sávio, levantando da cadeira.
- Até a próxima aula
meninos – diz Humberto saindo de sala e juntando seu material.
3ª CENA ( Manhã) ( Casa dos Backer)
Danilo fica tremulo
sem saber se o que acabara de acontecer era mais um de seus sonhos ou era
real. Danilo dá uns goles na xícara de
chá preparada por Pérola. Ao seu lado Caio, Plínio e Pérola esperam Danilo se
recompor. Vô Zé fica admirado com a presença de Danilo, e coloca um álbum
enorme da família em seu colo. Vô Zé finta Danilo como se quisesse ler sua
alma.
- Você sabe quem é
você? – pergunta Vô Zé.
- Eu sou eu. Que
história é essa. Caio eu quero ir para casa – diz Danilo se levantando.
- Você foi adotado
não é? E sua família lhe adotou de um orfanato na qual você foi mandado – diz
Vô Zé.
- Quem te disse isso?
– pergunta Danilo amedrontado.
- Você gosta de
história de amor? Então deixa eu lhe contar uma história real. Há vinte anos
atrás um casal loucamente apaixonados resolveram assumir uma paixão que era
proibida. Ela era uma lobisomem Backer e ele um frio Drovossk. Os dois sabiam
que não tinha permissão do relacionamento sendo que há 300 anos antes as duas
famílias haviam se juntado para destruir a besta da vila, e depois selaram um
acordo de paz e limite. Que cada ser respeitaria a classe e individualidade do
outro, não causando e nem provocando nenhum dano à outra espécie. Só que o pior
aconteceu os dois mantiveram relações extremas e tiveram o filho, que fez que
as duas famílias corressem perigos.O vampiro, pai da criança, estava prometido
para casar com uma das filhas do Segundo Duque do Primeiro Estado, quando ele
quebrou o protocolo vários clãs de vampiros vieram para Vila Esperança destruir
a tal criatura de “sangue raro” que seria mais fortes que lobos e frios juntos.
Essa criatura era você Danilo – diz Vô
Zé, causando espanto em todos.
- Eu? Um sangue raro
filho de uma lobisomem e um vampiro? – se pergunta Dan perplexo. – Mas que eram
os meus pais? – pergunta Danilo.
Vô Zé mostra uma foto
que ele está em pé ao lado dos filhos Aurora, Saul, e Maria.
- O que tem a ver o
álbum da família com ele? – pergunta Pérola.
- Essa aqui era minha
filha mais nova, Aurora. Ela era corajosa, destemida, e brava guerreira. Uma
lobisomem líder que sabia que comandar qualquer caçada, subia em qualquer
árvore. Sabia atirar flechas como ninguém – conta Vô Zé.
- Vô, o que tem a ver
minha mãe com essa história? – pergunta Caio, impaciente.
- Sua mãe é a
lobisomem que quebrou o protocolo e se envolveu com o vampiro – conta Vô Zé.
- Mas, como assim? É
meu pai? Ela traiu meu pai? Ele é meu ... – pergunta Caio sendo interrompido
por Danilo.
- .... irmão. Eu sou
irmão dele, então sou seu neto – diz Danilo.
- Você é um sangue
raro, você é Vampsomem – diz Vô Zé.