Códigos de Sangue
- Capitulo 8
CONTINUAÇÃO
A senhora guarda o
caldeirão perto de uma lareira, que estava apagada. Em seguida, coloca as suas
misturas de ervas dentro de uma espécie de armário escondido atrás de várias
vassouras penduradas no ar. A senhora abre outro armário pegando um moletom bem
velhinho.
- Preciso ir à cidade
já volto – diz a senhora, saindo de casa.
2ª CENA ( Noite) ( Clube )
- Ai meu protetor dos
jornalistas em apuros. Me salva – diz Danilo abaixando ao lado de Sávio, e
escutando sua respiração.
- Seus malucos, olham
o que fizeram – diz Ricardo irritado.
- Acorda, vai meu
filho acorda – diz Danilo colocando os ouvidos em seu estomago.
- O que esse maluco
está fazendo? – pergunta outro jogador impaciente.
Sávio volta a si. E
coloca as mãos no nariz que não para de sangrar.
- Ele tá vivo – diz
Danilo gritando, percebendo que o restante do time estava ao redor deles.
- Saiam daqui do meu
campo. Eu não quero ver vocês nem pintado de ouro por aqui senão eu mandarei os
meus meninos chutarem os traseiros fedidos de vocês – grita o técnico Ricardo.
- Entenderam ? – conclui.
- Não estou mais aqui.
Olha você não está nem me vendo – diz Danilo puxando Felipe pelos braços. –
Vamos Felipe – diz Danilo, enquanto puxava Felipe,que gemia de dor.
3ª CENA ( Redação do Jornal)
Bianca passa uma
pomada no nariz de Felipe, enquanto Danilo digita a matéria no notebook. Renato
entra.
- Boa Noite. Danilo,
já estou sabendo de sua aventura. Parabéns, eu sabia que você conseguiria – diz
Renato.
- Obrigado chefinho – diz Danilo, sendo interrompido
pelo grito de dor de Felipe, que é ajudado por Bianca.
- Se não fosse por
esse aí o Felipe não estaria assim impossibilitado de trabalhar. E agora quem
fará as fotos? – pergunta Bianca implicando.
- Ele não teve culpa.
E outra Danilo você bate bem preciso aprender com você – diz Felipe.
- Danilo suas malas
já terminaram de chegar. Eu passei para lhe dar boas vindas, apresentar o seu
quarto e lhe dar os parabéns. Estamos todos felizes com sua chegada. Aqui é
nossa redação, ilha de edição, espaço de reunião e também casa de vocês.
Qualquer coisa, eu moro em frente. E só atravessar à rua. Ah, você dividirá o
quarto com a Bianca – diz Renato.
- O quê? Mas como
assim? – pergunta Bianca indignada.
- Se quiser me deixar
no quarto com o Felipe sem problemas – diz Danilo.
- Não – responde
Bianca e Felipe juntos.
- Então deixa eu ir
para o nosso quarto. Estou exausto – diz Danilo saindo da sala;
- Dormir comigo, sai
fora chefinho – diz Felipe tampando a almofada em Renato.
4ª CENA ( Limite da estrada) (Noite)
Plínio dirige o carro
e Vô Zé fica no carona. Plínio vê uma carroça para na estrada e ao lado uma
sombra no meio da estrada fazendo que freasse o carro rapidamente.
- Ufa! Por pouco,
quem é o louco – diz Plínio. – Vô, cuidado pode ser um frio – diz Plínio
farejando o cheiro da sombra.
- É uma velha amiga –
diz Vô Zé.
Plínio abre as
janelas do carro. Zora aproxima de Vô Zé.
- Meu velho, quanto
tempo – diz Zora.
- Nem parece que
somos vizinhos de limite – diz Vô Zé, em tom de descontração.
- Eu sabia que você
passaria por aqui. Eu preciso falar com você, é de muita importância tanto para
frios, tanto para caninos e até para os normais. – diz Zora.
- Você e suas visões
malucas. Zora, o que é tão importante assim? Pare de caduquice – diz Vô Zé
rindo.
- Eu não estou
brincando Zé. Falo muito sério. O sangue raro está vivo, ele não morreu – diz
Zora em tom sombrio.
- Como? – pergunta Vô
Zé impressionada.
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