Códigos de Sangue
- Capitulo 12
CONTINUAÇÃO
- Ele é nosso primo?
– pergunta Plínio.
- Então ele pode se
transformar em lobo e também se desmaterializar como um vampiro? – pergunta
Pérola.
- Sim, isso tudo é questão
de técnica – explica Vô Zé.
- Maneiro – se anima
Plínio.
- Maneiro? Eu pensei
esse tempo todo que minha mãe morreu em um acidente e descubro que é tudo
mentira. Será que mais o que é mentira? Será que meu pai sabe que ele é um
chifrudo? Quer dizer será que ele é meu pai mesmo? – grita Caio enfurecido.
- Acalme-se Caio,
vocês não poderiam saber da verdade. A 2ª batalha aconteceu porque as duas
famílias queriam proteger o sangue raro. Mas fomos traídos por alguns frios e
também matilhas que diziam-se amigas – explica Vô Zé.
- Minha mãe morreu
por ele? Eu tinha 5 anos , você sabe o que é perder uma mãe com 5 anos? Eu era
uma criança – grita Caio em desespero, que chora agonizantemente.
- Caio acalme-se meu
pai desapareceu depois da guerra, todos afirmaram que ele morreu. Mas eu fico
feliz de saber que ele conseguir cumprir a missão dele que era salvar o sangue
raro – diz Pérola.
- Você não sabe de
nada, seu pai era um covarde sumiu no meio da guerra – diz Plínio.
- E sua mãe uma
surtada de clínica – diz Pérola.
- Cheguem – diz
Danilo. – Parem de discutir, eu não tenho culpa de ser quem vocês dizem que
sou. E nem vocês tem culpa. Eu preciso de um tempo é muita informação, preciso
pensar. Depois conversamos, vou aproveitar que acabou a chuva e continuarei minha
corrida – diz Danilo saindo da casa.
2ª CENA ( Manhã) ( Delegacia)
Alfred digita uns
relatórios no computador. Marcelo entra e joga algumas fotografias em cima da
mesa.
- Parece que é uma
epidemia – diz Marcelo.
- Epidemia de
cachorros do mato? Precisamos contatar a guarda ambiental então – diz Alfred,
admirando Luiza que entra na delegacia. – Acho que trabalhei demais essa noite,
é uma sereia? – pergunta Alfred.
- Não, é uma tigresa
– diz Marcelo. – Qual motivo da honra de sua visita? – pergunta Marcelo. –
Sentiu saudades.
- Marcelo sem
gracinhas. Precisamos conversar em particular
- diz Luiza.
- Opa, pra já – diz
Marcelo abrindo a porta de sua sala para Luiza entrar.
- Café, água ou suco
sem açúcar? – oferece Marcelo.
- O que tenho para
falar é coisa rápida. Você precisa aniquilar esse tais cachorros de matos,
daqui a alguns dias as pessoas não acreditarão mais nessa historinha para boi
dormir – diz Luiza.
- O que você está
insinuando? – pergunta Marcelo.
- Vocês sabe muito
bem que o rapaz que foi morto essa semana não foi morto por um simples cachorro
do mato qualquer. Eu não sou bióloga, mas é só pesquisar na internet que
acharemos que não existe mais cachorros do mato aqui em Vila Esperança. É
melhor eu te avisar, do que a imprensa então fique ligado. Bom trabalho – diz
Luiza saindo da sala de Marcelo.
- Gostosaaaaaaaaa,
mas metida – diz Marcelo tomando uma xícara de café.
A chuva diminui até
que para. O frio toma conta de Vila Esperança.
Danilo volta caminhando para cidade. Caio
admira uma foto velha de sua mãe e seu pai se beijando. Sávio entra novamente
na sala de doações de sangue do hospital. Renato joga as garrafas de bebidas no
lixo.
1
semana depois ....
3ª CENA ( De tarde) ( Lanchonete Mix)
- Um suco de laranja
e pedaço de bolo de cenoura com aquela cobertura deliciosa de chocolate que só
você sabe fazer Lívia – pede Danilo.
- É pra já – diz
Lívia, indo para o balcão.
Danilo meche ao
celular. Guilherme entra na lanchonete.
- Você? – pergunta
Guilherme.
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