Ah,
natal ... Que época colorida, explosões de cores e sabores. É um pisca-pisca de
colorações: vermelhos, amarelos, verdes, azuis – uma surubada de cores. Cor é
vida! E a vida meu caro, precisa ser pintada de momentos agradáveis.
Tem
cor no embrulho do presente do amigo oculto, tem cor na taça de vinho, tem cor
na árvore de natal montada no cantinho da sala, tem cor no vestido da matriarca
da família, tem cor nos olhos saudosos de familiares que ficam tempos distantes,
tem cor no abraço demorado e, principalmente, tem cor na gelatina colorida,
afinal natal precisa de sobremesa para adoçar algumas amarguras não
cicatrizadas. Natal é cor, meu amor.
Mas,
às vezes, o colorido fica acinzentado, e o natal fica, assim, - meio murcho tipo
coca cola sem gás; tipo quando o chiclete perde o doce ou quando sua melhor
amiga muda o status do facebook para relacionamento sério.
O
natal sempre foi tão mágico para mim, que eu nunca imaginei que, para alguns, o
natal podia não ter cor, ou ser apenas um natal cinzento. Eu até pedi São Pedro
que pudéssemos ter um clima natalino igual aqueles filmes de sessão da tarde,
com bastante neve, porém o danadinho resolveu nos presentear como todo ano, e
mandou chuva para nós.
Esse
época com certeza me fará refletir que enquanto eu reclamo “Ganhei mais um vez roupa no amigo oculto”,
ou “ Poxa, odeio que coloque passas no arroz”, tem muita gente precisando de
roupa, precisando de comida, precisando de casa, precisando de cor, precisando
de amor. Tem muita gente acinzentada, sem perspectiva de futuro, que viram suas
conquistas de anos serem levadas pela enchente em segundos. Os olhos também
estão acinzentado, lacrimejando toda dor canalizada na alma.
Esse não será o melhor o natal. Mas, prefiro
acreditar que chegarão melhores, afinal quando tudo estiver cinza ou
amarronzado, e só lembrar que o tempo é o melhor pincel de colorir. E que aos
poucos, as cores voltam a ganhar vida ...
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