Eu tenho repulsa aos seres “racionais” que ainda perpetuam
por esta terra, um dia, chamados de humanos. Qual o prazer de ofender alguém
falecido? Qual o prazer de xeretar todos os grupos, páginas e cantos da
internet para conseguir descobrir algo do vizinho, do primo, da mãe do já
falecido? O que “julgar” vai adiantar? Quem somos nós para julgarmos alguém em
“praça online”? Será que eu me coloco no lugar do outro quando direciono
comentários ardilosos num grupo em determinada rede social? Já ouviu falar de
reciprocidade?
Vivemos
tempos de muitos jornalistas investigativos por aí. E isso assusta! Me assusta
assim como também deveria lhe assustar. Então, é assim: eu presencio a cena,
registro o fato e posto no mundo da internet. Num mundo, onde não é preciso
passaporte para entrar. Eu entro, comento, respondo, acompanho os comentários,
dou umas curtidas e jogo um “AC” na esperança que outros “humanos” desavisados
me informem a ficha criminal do ser em evidência. Qualquer migalha de
informação nos basta, afinal somos ratazanas que farejam de longe o cheiro de
sangue.
Às vezes, eu
tenho muito medo do “hoje”. Tenho muito medo da proporção que a falta de limite
ético pode chegar. Será que a maior parte da população foi abduzida? Será que a
tecnologia chegou para provocar o retrocesso moral? As incógnitas acerca de uma
sociedade covarde me consomem, aliás, o coexistir dentro de um contexto
alienativo me assusta, me chicoteia e amordaça. Me amordaça com as cordas do
medo, juntamente, com ganância humana.
Ele sonhava
em ser cientista ou astrólogo. Ele era sensível, inteligente, educado, leitor
.... E até poderia ser filho de um de vocês. Quem sabe? Ele sonhava grandes
proporções, não foi coincidência que se atirou ... Se atirou nas estrelas.

Ufa!
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