Vivemos um caos. Um caos? Sim, um
caos. Crianças morrem por causa da violência no Rio de Janeiro. Estrangeiros
são assaltados em pleno Carnaval no Rio. Berço de bebês servindo de esconderijo
para armas e drogas em Sampa. Bebê é morto no interior de São Paulo. Homem é
executado dentro do carro também em Sampa. Bandidos fazem arrastão em Niterói,
cidade próxima ao Rio. O Carnaval é utilizado por bandidos como ótima
oportunidade para roubar, furtar, assediar.
Tristeza. É o que define milhões de
brasileiros com essas notícias tão tristes. Essas são apenas uma pequena parte
das divulgadas nos últimos dois dias. Sim, em dois dias aconteceram tantas
barbaridades, tantas covardias. Inocentes sendo mortos, seja em assalto ou pela
cruel bala perdida. E são só de dois estados brasileiros. E nos outros? E no
interior, onde as notícias dificilmente chegam à mídia? Quantas Marias e quantos
Josés mais precisarão morrer para que nossas autoridades resolvam tomar medidas
imediatas e eficazes? Quanto tempo isso vai demorar? Mas será mesmo que isso
vai acontecer? Será que um dia a violência vai diminuir? Não sabemos. Só
sabemos que, enquanto os políticos discutem planos e projetos, por aí, nas ruas
do Brasil, centenas de inocentes morrem. A violência não espera. A violência
não tem mais lugar. Não tem horário. Não tem alvo. Qualquer um pode ser o
próximo alvo. Pode ser você, posso ser eu, podemos ser todos nós.
Diante dessas atrocidades todas, o sentimento
que cultivamos dentro de nós mesmo acaba sendo o medo. O medo de sair de casa.
O medo de usar certa roupa. O medo de ser baleado enquanto volta ou vai ao
trabalho. O medo de andar com objetos de valor. O medo, o medo, o medo... Mas
será que eles, os engravatados, têm esse mesmo medo? Creio que não, afinal,
estão cercados de seguranças e escolta. Enquanto isso, nós, meros cidadãos,
vivemos com o medo e a tristeza em nossos corações. A tristeza de ver um país
tão rico, tão diverso, tão plural, tão bonito sendo derrubado pela violência,
pela brutalidade.
Nós sofremos e encaramos de perto toda
essa crueldade. Já as autoridades resolvem fazer pronunciamentos dizendo para
as pessoas não levarem celulares e outros objetos de valor para as ruas. Como
assim? Não temos mais nossa liberdade. É, é isso mesmo. Diante dessa situação
catastrófica, desse caos que citei acima, nos resta ficar em nossas casas
chorando e torcendo por um país melhor? Não sei muito bem se é isso que devemos
fazer.
Culpamos muito as autoridades, afinal,
na teoria, elas são as responsáveis pela resolução dos programas públicos. Mas
será que nós, cidadãos, podemos fazer algo para deixar nosso país mais
pacífico, para torna-lo um lugar melhor para as crianças viverem e não serem
assassinadas de forma tão brutal? Sim, podemos fazer muitas coisas. Temos que
cobrar, que mostrar nossa reivindicação e pensar muito também antes de votar.
Nossa sociedade precisa de união, precisa enxergar todos esses problemas, em
especial, a violência, que tira das famílias os inocentes e muitas vezes os
policiais, aqueles que estão também lutando pela segurança.
Difícil expressar tanta tristeza e
tanto medo em algumas palavras. Esse foi meu desabafo. Meu desejo é o de PAZ, apenas ela. O Brasil
pede PAZ!!!
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